Com a regulamentação da profissão de Administrador no Brasil viu-se a necessidade da criação de um órgão responsável pela fiscalização do exercício profissional: Conselho Federal de Técnicos de Administração. Assim, em 05 de fevereiro de 1968, a Junta Executiva do Conselho Federal de Técnicos de Administração instala o Conselho Federal de Técnicos de Administração e 10 Conselhos Regionais de Técnicos de Administração, dentre eles o CRTA – 6ª região, localizado em Minas Gerais, Belo Horizonte.

Para sua implantação em Minas Gerais criou-se uma Junta Administrativa, instalada no dia 02 de março de 1968, sob a presidência do prof. Rodolfo de Abreu Bhering. Em 13 de junho de 1969, exatamente quatro anos após a publicação da Lei Federal 4769, de 09 de setembro de 1965, que instituiu a profissão de Administrador no Brasil, o então Conselho Regional dos Técnicos de Administração de Minas Gerais (CRTA/MG) realizava sua primeira reunião de Conselheiros em sede própria. Sob a presidência do Administrador Edgar Vieira Machado Serra era composta a mesa diretora pioneira pelos administradores: Flávio Rezende Queiroz, Virgílio Machado Barroso, Túlio Augusto Toscano, Célio de Oliveira e Atílio Cardinali Neto.

Entre as primeiras deliberações da mesa diretora estava a constituição de uma comissão permanente para discutir a elaboração do Código de Ética Profissional, junto com o então Conselho Federal de Técnicos em Administração (CFTA). Já naquele tempo a classe apontava problemas relativos ao exercício ilegal da profissão, como por exemplo, o preenchimento de funções em concursos por profissionais estranhos aos cargos privativos aos Administradores para efeito de fiscalização.

Neste mesmo ano, a 6ª Região passou de fato à condição de Conselho, passando a receber uma contribuição institucional do CFTA. O trabalho, em sua essência, era feito de forma objetiva com visitas a empresas públicas e privadas de Minas Gerais, para transmitir aos gestores destas empresas a importância do registro no CRTA.

Junta Interventora
A partir de agosto de 1970, começava no CRTA o tempo dos interventores, em conseqüência do movimento militar que dominava o Brasil da época. Na busca de informações e situações que iam contra a política adotada pelo governo na época foi criada uma junta de interventores formada pelos Administradores: Atílio Cardinari Neto, Virgílio Machado Barroso e Flávio Rezende Queiroz, presidente do CRTA/MG.

Para se ter uma idéia de como funcionava o CRTA no auge do movimento militar, alguns pedidos de filiação foram encaminhados ao Conselho no sentido de homologar nomes de militares junto ao órgão de defesa da classe dos Administradores. O episódio foi registrado em ata e assim contado pela mesa de secretaria: “Por recomendação do Conselheiro Virgílio foram encaminhadas ao CFTA pedidos de registro de oficiais da Aeronáutica, sediados em Lagoa Santa, com os processos encaminhados àquele Conselho, intempestivamente. Ficou deliberado que os pedidos deveriam ser encaminhados pelo Comando da Aeronáutica diretamente ao Conselho Federal”.

Mas os trabalhos em defesa da classe não pararam. Em 1971, o CRTA/MG faz mais uma reunião em sua nova sede, no Edifício Borges da Costa, na Rua São Paulo, 893. Na ocasião, a diretoria de Conselheiros designou uma Comissão Pioneira de Fiscalização do Exercício da Profissão, que foi composta pelos Administradores: Presidente Antônio Sérgio Medeiros; Membros: Roberto de Almeida Garcia, Túlio Augusto Toscano, Gil Restani Andrade e Dirceu Pereira de Queiróz.

Conquistas
Somente em 1985, por meio da lei nº 7321, o Conselho Federal de Técnicos de Administração e os Conselhos Regionais de Técnicos de Administração recebem a denominação de Conselho Federal de Administração e Conselhos Regionais de Administração, respectivamente. Fica alterada também a nomenclatura da profissão de Técnico de Administração para Administrador.

No decorrer das décadas de 80 e 90 outras conquistas marcaram a história do CRA/MG: os primeiros congressos nacionais e internacionais, a edição dos primeiros jornais e revistas próprias e o fortalecimento da relação com as instituições de ensino superior e das ações de fiscalização.

Dentre os líderes que estiveram à frente da Autarquia estão:

Adm. Antônio Eustáquio Barbosa – janeiro de 2017 a janeiro de 2019
Adm. Afonso Victor Vianna de Andrade – janeiro de 2015 a janeiro 2017;
Adm. Sônia Ferreira Ferraz – fevereiro de 2014 a janeiro de 2015;
Adm. Marcos Silva Ramos – janeiro de 2013 a fevereiro de 2014;
Adm. Pedro Rocha Fiuza – janeiro de 2011 a janeiro de 2013;
Adm. Gilmar Camargo de Almeida – janeiro de 2003 a janeiro de 2011;
Adm. Ailton Divino Fernandes – janeiro de 2000 a janeiro de 2003;
Adm. Francisco Pereira da Silva -Janeiro de 1993 a janeiro de 2000;
Adm. Luiz Eduardo de Mello Gomes -janeiro de 1990 a janeiro de 1992;
Adm. Afonso Victor Vianna de Andrade – janeiro de 1988 a janeiro de 1990;
Adm. Clóvis Ferreira Pinto -janeiro de 1987 a janeiro de 1988;
Adm. Sônia Ferreira Ferraz -janeiro de 1986 a janeiro de 1987;
Adm. Antônio Passos Filho -janeiro de 1985 a janeiro de 1986;
Adm. João Garcia de Campos -fevereiro de 1984 a janeiro de 1985;
Adm. Esaú Rodrigues Alves -janeiro 1984 a fevereiro de 1984;
Adm. Gil Restani Andrade -outubro de 1976 a janeiro de 1984;
Adm. Túlio Augusto Toscano de Mattos -Junho 1976 a outubro de 1976;
Adm. Virgílio Machado Barroso -Junho 1972 a junho 1976;
Adm. Atílio Cardinari – abril de 1972 a junho de 1972, janeiro de 1992 a janeiro de 1993;
Adm. Flávio Rezende Queiroga – agosto de 1970 a abril de 1972;
Adm. Edgar Vieira Machado Serra – 1969 a agosto de 1970.

Estrutura
Integrante do Sistema CFA/CRAs que regulamenta e fiscaliza em todo o território nacional a profissão de Administração, o CRA/MG impede a atuação de profissionais e empresas não registrados no mercado de trabalho, garantindo espaço para os legalmente habilitados.

Localizado na Av. Olegário Maciel, 1233 – Lourdes, BH, o CRA/MG conta hoje com uma estrutura física funcional, proporcionando aos funcionários, parceiros e profissionais de Administração mineiros uma estrutura moderna e planejada.

Além da sede, localizada em Belo Horizonte, o Conselho possui 10 seccionais e 24 representações no interior do Estado. Dessa forma, sua atuação abrange todo o Estado, proporcionando aos Administradores do interior os mesmos serviços da Capital.