O professor Weslley Weslley Oliveira da Escola de Negócios e Seguros e a Dra. Adriana França Araújo Cunha, Médica e Coordenadora da Comissão de Controle e Infecção da Faculdade Unimed debatem sobre a atuação do perito do Setor de Seguros. Os palestrantes enfatizaram que, nesta área o perito faz um trabalho de grande importância para a sociedade, prevendo risco e arte mesmo salvando vidas. Foram citados exemplos da área da saúde e engenharia e casos reais onde a perícia ajudou a salvar grandes empresas por meio da mitigação de riscos.

O segundo do Foper trouxe a atuação do perito por várias diferentes nuances da Segurança Pública, com as falas da Tem. Cel. Amanda Cristina Miranda do Corpo de Bombeiros Militar de Minas Gerais, Felipe, o Ten. Cel. Sérgio Luiz Goulart da Polícia Militar de Minas Gerais e o Perito Criminal da Polícia Federal João Luiz Moreira de Oliveira. A união de diferentes área para debater o tema trouxe um conteúdo rico para os participantes. Foram abordados temas como a atuação do perito em cenas de crimes e na investigação das causas. Os participantes também citaram casos reais, demostrando como a perícia ajuda a conduzir processos criminais.

O conselheiro e diretor Administrativo/Financeiro do CRA-MG, Adm. Joubert Ferreira Fidelis abordou a área que, cada vez mais, ganha destaque: a Inteligência Artificial. O palestrante enfatizou que a transformação digital é uma realidade e que os profissionais devem enxergá-la com bons olhos e buscar ter uma relação harmônica com a tecnologia, que é de grande valia para o trabalho pericial.

O palestrante deu exemplos de como a IA vem sendo utilizada em diferentes áreas da perícia, como a criminal, ambiental e imobiliária e enfatizou que a tecnologia é um assistente do perito, sendo necessário conhecimento e a formação na área pericial em que deseja utilizar a inteligência artificial.

Comandado pela ex-secretária municipal de Meio Ambiente de Belo Horizonte, Flávia Mourão, o painel teve como plano de fundo, a tragédia de Mariana, considerada como a maior catástrofe ambiental do Brasil. O subsecretário estadual de fiscalização ambiental, Alexandre de Castro Leal, e o superintendente do Instituto Brasileiro de Meio Ambiente e Recursos Naturais Renováveis (Ibama), Sérgio Augusto Domingos, explicaram o papel da Secretaria de Estado e do Ibama quanto à fiscalização ambiental.

O painel ressaltou a gama de atividades periciais envolvidas nas questões ambientais, havendo possibilidade de atuação para diversas áreas, por se tratar de uma atividade extremamente complexa de avaliação. Os painelistas enfatizaram, ainda, a importância da atuação junto com as autoridades policiais e como as questões ambientais, como o caso de Mariana, geram, não somente consequências ambientais, mas também econômicas, sociais e logísticas.

Dando início às palestras da parte da tarde, o professor Fernando Sarian Altounian levou sua experiência como fundador da Academia do Perito para os participantes do Foper. Ele falou sobre a caminhada de sucesso dos profissionais da área de perícia, que passa pela formação, capacitação, cadastramento e certificação. Em seguida, a advogada e perita judicial em Grafoscopia Jaqueline Mila Tirotti contou sobre sua trajetória na área de perícia, desde os desafios, até o casos em que atuou. A palestrante também propôs uma atividade prática aos participantes para que pudessem sentir um pouco de como é o trabalho do perito grafotécnico.

Dando continuidade aos trabalhos da tarde, o superintendente regional do trabalho em Minas Gerais pelo Ministério do Trabalho, Carlos Alberto Calazans, abordou a regulação do trabalho do perito. Para o palestrante, a perícia não é uma atividade, mas sim uma profissão, devido à sua importância. De acordo com Calazans, Minas Gerais teve, em 2023, o maior número de casos de trabalho escravo no país, no entanto, não houve condenação de responsáveis, muitas vezes, porque o processo não continha laudos elaborados por peritos, o que ilustra a significância da perícia.

O superintendente se comprometeu a ampliar a atuação do Administrador como perito no cadastro do AJ e a regulamentar a atividade. “A gente vai lutar pela regulamentação e pelo valor de vocês”, concluiu Calazans, sendo aplaudido pela plateia.

O presidente da Associação dos Peritos Judiciais, Árbitros, Conciliadores e Mediadores de Minas Gerais, Hélio Ricardo Teixeira de Moura, destacou a importância da atuação do perito judicial para a promoção de justiça para a sociedade. O palestrante ainda deu discas para os profissionais que atuam na área e ressaltou: “A perícia não produz provas a serem analisadas, mas analisa as provas que foram produzidas. O laudo pericial é um resultado dessa análise. Isso é muito  aplicado à perícia determinada como judicial”.

O painel de encerramento trouxe a atividade de perícia na prática, como o profissional deve se portar, elaborar os laudos e a que deve estar atento para desenvolver um bom trabalho na perícia, a qual o palestrante Adm. Onofre Junqueira Júnior, diretor técnico da CCC Consultoria e Assessoria, definiu como um jogo para o qual se deve entrar para ganhar.

Como forma de agir do perito, o palestrante destacou que este não deve ceder a pressões e ouvir as partes para diminuir sua chance de erro. Para finalizar, o consultor ressaltou que no trabalho de perícia há três verdades: a do autor, a do réu e a real, e o perito deve ter concentração para achar a real.